Geração pin-up

Olá! Eu pensei, pensei, pensei muito sobre o que iria falar nessa primeira “postagem oficial”, até me decidir por pin-ups. É certo que, mesmo que alguns de vocês não tenham escutado esse termo, conhecem essas figuras. Mas o que são pin-ups? Como se define, como era a vida delas, como eram vistas? Ah! Esse é um assunto que eu realmente adoro falar sobre!

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Segundo a Wikipedia, a definição de pin-up é: Pin-up é um modelo voluptuosa, cujas imagens sensuais produzidas em grande escala exercem um forte atrativo na cultura pop. Também se designa Pin-up o material gráfico sensual, destinado à exibição informal, que constituem-se num tipo leve de erotismo, geralmente era uma ilustração a aquarela baseada em uma fotografia. As mulheres consideradas pin-ups são geralmente modelos e atrizes, mas também se pode encontrar outros tipos de Pin Up’s que são as mais “comportadas”, porém utilizam um pouco do erotismo da pin-up.” 

Eu concordo, é claro, mas vamos simplificar?

Pin-ups são modelos fotográficas muito comuns nas décadas de vinte à cinquenta, sessenta. No geral elas estavam sempre com fortes expressões, bem à vontade, demonstrando grande felicidade ao estar fotografando, porém “fantasiadas”. Elas estavam sempre meio erotizadas e, muitas delas, orgulhavam-se de estar no bolso de muitos homens durante as guerras.

As fotos geralmente tratavam de momentos cotidianos com sensualidade. Seja pintar a parede, consertar o carro, forrar a cama…

Não tenho certeza se na época era assim, mas hoje em dia a coisa que mais prende nas fotografias são as suas expressões. Ah! Vale lembrar. A maior parte das fotografias virou animação posteriormente, como essas fotos que coloquei. Elas eram, sim, fotos reais, mas para enquadrar nessa grande fama pin-up, colorização das imagens em preto e branco, popularidade, marketing ou o que for, acabaram por virar animações.

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A vida das pin-ups, como era? Ah, das mais variadas! Algumas delas tinham simplesmente um corpo bonito, foram abordadas na rua por fotógrafos e entusiasmaram-se com a ideia. Outras, porém, buscavam fotógrafos para conseguir-lhe um emprego. Essas eram as mais comuns, ressaltando que a mulher da época tinha limitações profissionais (elas basicamente eram secretárias, garçonete, essas coisas. Logo, saber datilografar era uma arte para elas), e com os homens indo à Guerra, elas precisavam ir às ruas, bater de porta em porta atrás de emprego, para conseguir seu sustento.

Em meio a toda essa pressão que existia sob a mulher (em relação a emprego, casamento, fidelidade, filhos…) a mulher pin-up era vista como desertoras (o que hoje chamaríamos de “diferentona”) especialmente pelo restante das mulheres. Algo que é bem lógico, já que eram mulheres como elas que embelezavam as paredes dos quartéis durante as guerras, e não a foto da família (falando de modo geral). Mas, hoje em dia, elas são vistas de maneira diferente. Há a porcentagem que diz que elas são as “fundadoras da indústria pornográfica”, e outros, onde me incluo, que dizem que elas foram a maior revolução sexual até os dias de hoje. Aplicavam liberdade, conforto em situações sexuais e, com as expressões em suas  fotografias, demonstravam poder sobre seu corpo (mesmo que, na realidade que viveram, não tenha sido dessa maneira).

Essa visão sobre as pin-ups, inclusive, as transformou em um ícone e fez delas o símbolo oficial e mundial do feminismo, o que é uma grande honra.

Eu falei sobre o que são, de onde vieram, o que faziam, para que faziam, e agora preciso mencionar a “Rainha das pin-ups”. Aquela que muitos já escutaram o nome, que todos já viram os rosto, que amam, admiram, aquela que não apenas trabalhava como pin-up, mas vivia como uma. Bettie Page. Ah, Bettie Page…

Essa é, de longe, a minha favorita! A de todos, imagino. Ela foi uma das primeiras “Playmates do mês” na revista Playboy, o que foi um grande salto ao seu trabalho. Ela começou como modelo antes de ser apresentada ao mundo erótico, e era excelente nisso! Assisti a um documentário sobre ela onde os fotógrafos que já tiveram a honra de fotografá-la repetiam: “Bettie tem facilidade em posar. Ela ama isso. Faz suas poses, está sempre espontânea… Nos surpreende!”, e isso é o que mais admiro nela. Estava sempre disposta a fotografar, inventar, e se divertia fazendo-o. Não tinha vergonha alguma de seu corpo, não tinha problemas ao ficar completamente nua em público, e o fazia por vontade própria. Por conta disso ela trabalhou muito com fotografias de fetiche.

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Bettie Page é muito conhecida por suas sessões de fotos quase doentias onde ela simulava estupro, sequestro, situação de refém, e isso sempre fez muito sucesso para ela. Os homens gostavam de ter uma visão sobre essas coisas impuras e estavam sempre comprando e escondendo as fotografias.

Mas existe uma foto que é considerada “A” foto. A que sempre fez muito sucesso, que nunca saiu de moda, e que infelizmente eu não posso postar inteira aqui. Vão entender.

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Acreditem, em cores e sem pudores ela fica muito mais impressionante. E o melhor: a ideia da fotografia foi dela, isso não estava planejado. Isso enaltece ainda mais o talento de Bettie Page, que virou um ícone mundial a ponto de ser imitada pelas maiores musas da cultura pop atual:

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Tendo a franja como marca registrada, Bettie Page virou uma figura pública imortalizada, tendo hqs (revistas em quadrinhos, gibis) próprios, e virando tatuagem no corpo de milhares de pessoas no mundo inteiro, mostrando ao mundo a beleza que tem na cultura da geração pin-up.

 

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4 comentários sobre “Geração pin-up

  1. Lua, parabéns pelo Blog. Fantástico e muito interessante. Sou estudante de Jornalismo, tenha certeza que irei passar sempre por aqui e divulgar o seu espaço. Sucesso garota!

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